OGUN
Ògún filho de Ìyemonjá com Oxalá, irmão de Esú e de Oxóssi e de Xangó, primeiro esposo de Yansã, general do exercito de guerreiros e soldados violentos. Ensinou Oxóssi a caçar e a se defender, ensinou para a humanidade o segredo do ferro e facilitou todo tipo de trabalho, patrono da tecnologia, ensinou todos os soldados a lutar.
Guerreiro implacável e muito temido por ser violento não tem medo de nada e nem de ninguém ! Ògún enfrenta a todos na guerra e nunca perde, seu golpe tem força de uma batida de trens de arrancar os trilhos, sua espada decepa tudo e seu grito de guerra na sua chegada é aterrorizante para os inimigos e para todos os outros orisás que geralmente da suprema coragem chegou ! Ògún é o temível guerreiro, violento e implacável, deus do ferro, da metalurgia e da tecnologia protetor do ferreiros, agricultores, caçadores, carpinteiros, escultores, sapateiros, talhantes, metalúrgicos, marceneiros, maquinistas, mecânicos, motoristas e de todos os profissionais que de alguma forma lidam com o ferro ou metais afins. Òrisás conquistador, Ògún faz- se respeitar em toda África negra e pelo seu carácter devastador. Foram muitos os reinos que se curvaram diante do poder militar de Ògún Entre os muitos estados conquistado por Ògún a cidade de Iré, da qual se tornou senhor após mata o rei e substitui-lo por seu próprio filho, regressando glorioso com o titulo de Oniré , ou seja o rei de Iré.
Ògún é o filho mais velho de Odúduwà, herói civilizador que fundou a cidade de Ifé. Quando Odúduwà esteve temporariamente cego, Ògún tornou-se regente em Ifé. Ògún é um Òrisás importantíssimo em África e no Brasil. A sua origem. de acordo com a historia, data de eras remota. Ògún e o ultimo imolé. Os Igbá Imolé eram os duzentos da direita que foram destruídos por Olodumaré após terem agido mal. A Ògún, o único Igba imole que restou, coube conduzir os Irun Imolé, os outros quatrocentos deuses da esquerda. Foi Ògún quem ensinou aos homens como forja o ferro e o aço. Ele te m como um molho de sete instrumentos de ferro : Alavanca, machado, pá, enxada, picareta, espada e faca, com as quais ajuda o homem a vencer a natureza. Em todos os cantos da África negra Ògún é conhecido, pois soube conquistar casa espaço daquele continente com a sua bravura. Matou muita gente, mas matou a fome de muita gente, por isso antes de ser temido Ògún é amado. Ògún é o segundo senhor dos caminhos, e das estradas de ferro que é elemento! responsável pelo o progresso e conquistas de metas. Ògún também é a força e a proteção dos soldados de guerra, policiais, seguranças e qualquer outra profissão ligado a tecnologia e metalúrgica.
Ogum "O Senhor do Ferro" O GRANDE GUERREIRO
Ogum é representado como um guerreiro armado, portando uma espada como símbolo de sua força. Ele é o senhor do ferro da guerra e da tecnologia, temperamento rude, não se prende a nada e nem a ninguém. É um Orixá que incita a guerra, para mostrar poder e aumentar seus bens, mas não descansa sobre suas glórias. Ogum é o dirigente, o rei que não quer ter suas ordens desobedecidas, quando contrariado, ele fica furioso, perde a razão e castiga impensadamente, arrependendo-se em seguida. Sua correlação é com o Deus da guerra Ares ou Marte da mitologia greco-romana, tendo características violentas desses deuses, bem como sua ligação com o ferro e o fogo. Foi Ogum quem ensinou os homens a forjar o ferro e o aço, pois é um feliz artesão, que confecciona suas próprias espadas para seus combates. Possui sete ferramentas de ferro como simbologia: alavanca, machado, pá, enxada, picareta, espada e faca, com os quais ajuda o homem a vencer a natureza. É o vencedor de demandas, que com sua espada, corta as dificuldades e castiga os faltosos. Ogum é um poderoso Orixá que defende a lei e a ordem, abre os nossos caminhos e vence as lutas, agindo pelo instinto para defender e proteger os mais fracos. Tudo que está relacionado a conquistas, vitórias e lutas, são presididas por Ogum. É a própria lei divina em ação e o guerreiro buscando novos horizontes Fisicamente, os filhos de Ogum são magros, mas com músculos e formas bem definidas. Compartilham com Exu o gosto pelas festas e conversas que não acabam e gostam de brigas. Se não fizerem a sua própria briga, compram a dos seus camaradas. Filhos de Ogum se dão muito bem com filhos de Oxóssi, filhos de ogum adoram competir Sempre procuram algo que compromete vitória, comprometam lutas e desafios.
caminhos de Ògún Ogum possui algumas variações (qualidades) de acordo com a cidade onde há seu culto. Na África seus nomes coincidem com sete cidades que formam o reino de Irê, com isso ganha suas particularidades e costumes.
Ògún Meje – É o mais velho de todos, a raiz dos outros, Ògún completo, velho solteirão rabugento. É o aspecto do orixá que lembra a sua realização em conquistar a sétima aldeia que se chamava Ire (Meje Ire) deixando em seu lugar o seu filho Adahunsi. Ògún Je Ajá ou Ogúnjá como ficou conhecido – Um de seus nomes em razão de sua preferência em receber cães como oferendas, um dos seus mitos liga-o a Oxaguiã e Ìyemonjá quanto a sua origem e como ele ajudou Osalá em seu reino fazendo ambos um trato.É um Ògún, como indica o seu nome, particularmente combativo. Tem temperamento rabugento, solitário, veste-se de verde escuro e usa contas verdes. Dizem que acompanha Ogúnté. Ògún Ajàká – É o “verdadeiro Ògún guerreiro”, sanguinário, que em princípio se veste de vermelho. Teria sido rei de Òyó e irmão de Sàngó. Ajàká é um tipo particularmente agressivo de Ògún, um militar acostumado a dar ordens e a ser obedecido, seco e voluntarioso, irascível e prepotente. Ògún Xoroke ou Ògún Soroke - Apenas um apelido que Ògún ganhou devido à sua condição extrovertida; soro = falar, ke= mais alto. Usa contas de um azul escuro que se aproxima do roxo. “Xoroke é um Ògún que tende a confundir-se com Esú, agitado, instável, suscetível e manhoso. Ògún Meme – Veste-se igualmente de verde e usa contas verdes, como Ogunjá, mas de uma tonalidade diferente. Ògún Wori – (Warri, ou wori: Yorübá) – É um Ògún perigoso, dado da feitiçaria, ligado ao màriwò, aos antepassados. Tem temperamento difícil, suscetível, autoritário o espírito dogmático. Ògún Lebede (Alagbede) – É o Ògún dos ferreiros, marido de Yémánjá Ogúnté e pai de Ògún Akoro. Representam um tipo mais velho de Ògún, trabalhadores conscienciosos, severos, que “não brincam em serviço”, ciente de seus deveres como de seus direitos, exigente e rabujento. Ògún Akoró – É o irmão de Oxóssi, ligado à floresta, qualidade benéfica de Ògún invocada no pàdé. Filho de Ogúnté, Akoró é um tipo de Ògún jovem e dinâmico, entusiasta, era empreendedor, cheio de iniciativa, protetor seguro, amigo fiel, e muito ligado à mãe. Ògún Oniré – É o título de Ògún filho de Oniré, quando passou a reinar em Ire, Oni = senhor, Ire = aldeia., o dono de Iré, primeiro filho de Odúduwà. Oniré é um Ògún antigo que desapareceu debaixo da terra. Usa também contas verdes. Guerreiro impulsivo é o cortador de cabeças, ligado à morte e aos antepassados; orgulhoso, muito impaciente, arrebatado, não pensa antes de agir, mas acalma-se rapidamente. Ògún Olode – Epíteto do orixá destacando a sua condição de chefe dos caçadores, originário de Kétu. Não come galo por ser um animal doméstico. Amigo do mato, dos animais, conhecedor dos caminhos, e é um guia seguro. Seu temperamento solitário assemelha ao de Oxóssi. Ògún Popo – Seria o nome de Ògún quando foi à terra dos Jeje, é um tipo fanático.Ogun Waris: Nessa condição o orixá apresenta-se muitas vezes com forças destrutivas e violentas. Segundo os antigos a louvação patakori não lhe cabe, ao invés de agradá-lo ele aborrece-se. Um dos seus mitos narra que ele ficou momentaneamente cego. Ògún Masa – Um dos nomes bastante comuns do orixá, segundo os antigos é um aspecto benéfico do orixá quando assim se apresenta.
O MITO - "A VINGANÇA" Ogum era o rei de Irê, Ogum Oniré. Conta-se que, tendo partido para a guerra, retornou a Irê depois de muito tempo. Ele chegou num dia em que se realizava um ritual sagrado. A cerimonia exigia que todos permanece-se em total silêncio. Não era permitido falar e nem se dirigir o olhar. Ogum sentia fome e sede, mas ninguém o atendia, ninguém falava com ele. Ogum então pensou que ninguém o reconhecera, por isso, sentindo-se humilhado e enfurecido, resolveu se vingar. Ele cortou a cabeça de seus súditos. Quando terminada a cerimônia, foi encerrado o silêncio e o filho de Ogum com alguns homens salvos da matança, vieram render homenagens ao rei. Foi quando Ogum reconhecera o erro cometido e se tomou de profundo arrependimento. Ogum então enfiou sua espada no chão e a terra se abriu, tragando-o solo abaixo, não era mais humano, se tornara um Orixá. |